Hoje, o PS-regional, articulado com o DN-Madeira (não será o contrário?), concretiza um curioso ataque às ETI (Escolas a Tempo Inteiro).
Pelo facto do que é afirmado poder confundir alguns, decidimos esclarecer. Sem prejuízo de poder haver interpretações distintas.
O modelo ETI não é implementado apenas para que as crianças obtenham melhores resultados. Obviamente que não se esperam que os mesmos sejam piores. E não há razão para que o sejam. Confiamos nos professores lá colocados (são o dobro dos colocados a nível nacional) para subirem os níveis qualitativos da oferta curricular, de enriquecimento curricular e outra, lúdica, de ocupação de tempos livres onde, esperamos, as crianças se divirtam.
Não é difícil nos aperceber que as crianças vão hoje (maioritariamente) com satisfação para as escolas. Ao contrário do “peso” negativo com que iam no passado. E não vão com satisfação por lá passarem amarguras como aquelas que o PS-regional vai aventando…
O modelo ETI é, assumidamente, e também, uma resposta às necessidades das famílias que não tem solução para a ocupação das suas crianças nos períodos complementares aos períodos curriculares.
Ou seja, é uma solução colocada nas mãos das famílias que a usam se precisarem e se quiserem. A frequência não é obrigatória pelo que está salvaguardada a situação das crianças cujas famílias podem e querem dar outro acompanhamento e apoio.
Verifica-se, após todos estes anos, que esta resposta é a melhor possível face à situação que a determina como necessária. Milhares de crianças passaram a aceder a actividades antes só ao alcance de alguns, nas zonas mais urbanizadas onde há oferta alternativa, exterior à escola. Centenas de crianças, nas zonas mais deprimidas da Região, passaram a usufruir de uma refeição e abandonaram as ruas onde passavam as tardes (ou as manhãs) há bem pouc