Todos os anos, por esta altura, há sempre alguma movimentação em algumas (2 ou 3 de entre as 120) escolas de 1º Ciclo, a partir de alguns pais ou professores, quanto ao sistema de funcionamento cruzado adoptado na RAM, na esmagadora maioria das Escolas.
Isto porque chega a vez de alguns pais e professores (menos de metade do total) assumirem a sua parte de alguma incomodidade que se gera pelo facto dos (seus) alunos terem que assumir o horário com a componente curricular à tarde.
Isto acontece para que não sejam sempre os mesmos a terem que assumir a totalidade dos 4 anos no ciclo com o horário mais incómodo face a outros sempre com o bom horário. Então, a SREC orientou as Escolas no sentido de que a justiça passava pela distribuição equitativa desse incómodo ou seja, metade dos anos ficariam de manhã e a outra metade da tarde. Razões pedagógicas apontam para que os anos “da manhã” fossem os dois primeiros e os anos “da tarde” fossem os restantes.
A verdade é que na esmagadora maioria das escolas todos entendem a justiça do processo. E o mesmo aplica-se quase generalizadamente sem que fique bem entendido que seria melhor que todas fossem turmas “da manhã”.
Mas isso não é possível. Por várias razões.
Todos os anos, em Maio, abre-se uma “janela” para que as Escolas para avaliação se estão reunidas as condições para que a Escola possa funcional em Turno Único. Essa avaliação está facilitada e (tem um
documento orientador que) inclui um conjunto de pontos que todas as escolas devem considerar para que a sua decisão seja sustentada e não crie uma situação de degradação funcional que, depois, pode não ter retorno.
As Escolas que avançam para esse processo acabam por ser as mais pequenas e menos procuradas (por razões qualitativas ou simplesmente demográficas). Aquelas onde se encontram os (mais) espaços necessários face às (menos) turmas criadas a partir dos (cada vez menos) alunos frequentadores.
Há algumas escolas cujo número de moradores são em número (suficientemente baixo) que permitiria avançar para uma análise de funcionamento de turno único. Mas, na RAM, a possibilidade (inédita no País) de outros alunos, externos à zona, poderem candidatar-se à frequência nessa escola (ou em qualquer outra) faz com que o número de alunos (nas boas escolas, bem localizadas e com maior e reconhecida qualidade) suba até à respectiva lotação, impedindo aquela mudança. Mais uma vez, a vantagem (in