Os partidos da oposição regional são contra o fim da gratuitidade da alimentação nas Escolas.
Também nós somos. É fácil ser a favor do tudo gratuito. Cai bem.
Mas, temos de ser realistas. Ou se criavam receitas de forma socialmente justa ou o serviço ficava em risco.
E a decisão tomada deve ser analisada por si só. Sem fazer comparações ou avaliar custos e outras despesas noutras áreas.
Muitas vezes, à conta de se usar sempre os mesmos exemplos, N vezes, os mesmos partidos da oposição conseguem argumentar que pagariam N despesas de 10 euros sempre com a mesma nota de 10…
Afinal, foi o PS que também alinha com esta ideia, que cortou receitas à Região por via de uma Lei de Finanças Regionais que discriminou negativamente a Madeira.
É o mesmo PS, que diz que a RAM é despesista.
É o mesmo PS que faz as famílias e crianças nas zonas onde é poder (Continente e Açores) pagar pela alimentação escolar.
Porque não aplica aí o que defende por cá? Porque contesta o que passou a aplicar cá, que é, em traços gerais, o mesmo que faz aplicar por lá?
A verdade é que a interpretação do PS regional sobre o que é universal e gratuito não condiz com a interpretação do mesmo PS no Continente e onde manda.
A verdade é que a Lei de Bases da Educação diz, claramente – o PS regional ignora – que os apoios educativos (decorrem do sistema educativo mas não são educação) são comparticipados pelas famílias.
É que todos somos a favor das gratuitidades. Mas antes de viabilizar desejos, temos que gerir realidades. Pois esse é o dever e o destino de quem recebeu o mandato popular para governar.
É fácil achar que é no IRS que se faz a justiça social. Mas,