Financiar e promover a mobilidade de estudantes entre as universidades portuguesas, espanholas e dos países da América latina: é este o objetivo central do Erasmus Ibero-americano, anunciado no encerramento do III Encontro Internacional de Reitores que decorreu no Rio de Janeiro. Um fórum promovido pelo Universia, o maior portal universitário do espaço ibero-americano, que durante dois dias reuniu mais de 1100 reitores de 33 países.
Numa primeira fase, este novo programa de intercâmbio prevê a atribuição de 200 mil bolsas, de valor até quatro mil euros, por um período de seis meses, anunciou Rebela Grynspan, diretora da Secretaria Geral Ibero-americana. O programa deverá ser financiado por empresas privadas.
Atualmente, contam-se cerca de 20 milhões de estudantes universitários no espaço ibero-americano e a previsão é que esse número duplique até 2025. O programa é inspirado no Erasmus europeu, que já permitiu a mobilidade de três milhões de estudantes universitários.
Além do Erasmus, este encontro de reitores deixou a promessa de outras medidas para fomentar a mobilidade internacional de estudantes. Criar um sistema de reconhecimento de diplomas, lançar um programa de mobilidade ibero-americana e um espaço digital de ensino superior são algumas das onze iniciativas previstas na Carta Universia Rio 2014, documento que resume as conclusões.
Mas o espaço ibero-americano pretende também promover a mobilidade de estudantes para a além das suas fronteiras e abrir portas à Europa e aos Estados Unidos da América. Até porque "este é um programa de colaboração e não de competição com outros espaços de ensino superior, que poderá ser apoiado pelo Erasmus Plus", sublinhou o presidente do Conselho de Reitores das Universidades Espanholas.
Fonte: Diário Económico