No dia 7 de Dezembro, o INE disponibilizou alguns dados prévios, respeitantes à população. Uma das séries publicadas anotava o nível de instrução.
Aí, os números indicavam 58.284 indivíduos (em 2011) que ainda não tinham atingido qualquer nível de ensino.
Estes números comparam com 77.203 indivíduos, em 2001. Resultantes da soma de 37.345 indivíduos sem Nível de Ensino com 5.356 crianças a frequentar a Educação Pré-escolar, 15.976 a frequentar o 1º Ciclo e 18.526 com o 1º Ciclo incompleto.
Assim, entre 2001 e 2011, assistiu-se a uma redução de 18.919 indivíduos nessas condições. Entretanto, o DN, naquela soma, apenas considerou as primeiras duas parcelas, apurando (mal) 42.701 indivíduos e anotando, com saliência na primeira página da sua publicação impressa de 8 de Dezembro, que a Região teria aumentado em mais de 15 mil os indivíduos sem qualquer nível de ensino. Erradamente, como se verifica…
Entretanto, logo as “aves de rapina” do costume partiram dessas conclusões (erradas) a partir de números (correctos) do INE para tecerem opiniões e apontarem fragilidades do sistema. Veremos se, reposta a situação, em termos correctos, invertem essas suas opiniões…
Para além dessa melhoria substancial traduzida na redução de quase 19 mil indivíduos sem qualquer níveis de formação, haverá que anotar que a população total passou a ter quase cem mil (99.869) indivíduos com o 9º ano ou formação superior, que comparam com apenas 66.036 indivíduos nessas condições, em 2001. Um crescimento superior a 50%, em dez anos.
Com o Secundário, o crescimento foi de 22.954 para 30.665.
Com o Ensino Médio, de 1.038 para 3.759.
E com Ensino Superior ou mais, de 10.796 para 26.525.
É mais do que evidente que, com estes números se confirma o acerto das opções regionais no que se refere à democratização e acesso da educação. E que o trabalho da comunidade educativa regional teve resultados positivos ao invés do que dizem alguns, baseados em análises erradas.
Por outro lado, nos 58.284 indivíduos sem qualquer nível de instrução estão mais de 30 mil que, simplesmente, não tiveram ainda tempo para concluir o 1º Ciclo (o primeiro nível de instrução). São as crianças com 10 e menos anos de idade. E os restantes são, na maioria, indivíduos dos grupos etários de idades elevadas.
A taxa de analfabetismo ainda não foi divulgada. No entanto, perante estes números, deverá se situar, na RAM, entre os 6,9% e os 7,9%. Uma queda significativa face aos 12,7% apurados em 2001.