Mais uma vez vêm ao de cima os números. Serão sim, mais de 19 mil os analfabetos na RAM em 2008, a esmagadora maioria (mais de 14 mil) com mais de 60 anos. Um número elevado que tem origem há dezenas de anos atrás, como consequência das políticas educativas seguidas no período pré-autonómico.
A realidade é que as taxas de alfabetização na RAM têm vindo a se aproximar das taxas nacionais face ao atraso inicial - significativo - marcado, em 1981, por 26,6% (53.964 analfabetos) na RAM, contra 19%, que era, à altura, a média nacional.
A verdade é que este indicador já não é relevante na Madeira. Será sim, o analfabetismo funcional que continua a ser combatido. Anotem-se os números referidos recentemente pelo INE, referentes a 2006/2007, onde o ensino recorrente de 1º Ciclo, no todo Nacional existe, praticamente, apenas na Madeira, com cerca de 550 alunos frequentadores (acrescidos de 47 nos Açores). Ou seja, o esforço existe e é perceptível no terreno, com oferta dispersa por toda a Região.