O que é?
A Psicomotricidade é a área do conhecimento transdisciplinar que estuda o ser humano através do seu corpo em movimento, na relação entre as funções psíquicas e a motricidade. Baseada numa visão global do ser humano, a psicomotricidade encara de forma integrada as funções cognitivas, socio-emocionais, simbólicas, psicolinguísticas e motoras, de forma a promover a intencionalidade do gesto. O foco da intervenção centra-se na promoção da capacidade do indivíduo agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo.
Âmbitos de Intervenção
- Preventivo – promoção e estimulação do desenvolvimento;
- Educativo – estimulação do desenvolvimento psicomotor e do potencial de aprendizagem;
- Reeducativo ou terapêutico – intervenção nos problemas de desenvolvimento, de aprendizagem e/ou do comportamento e, ainda, patologias de ordem psíquica que comprometem a qualidade de vida do indivíduo. A terapia psicomotora é indicada para todas as problemáticas que afetam os seguintes domínios: motricidade global e fina, planificação, sequencialização e execução do gesto; perceção auditiva, visual e tátil-cinestésica; tónus; orientação espacial e temporal; lateralidade; aquisição da escrita e comunicação verbal e não-verbal.
Áreas de Intervenção:
- Psicomotricidade – Intervenção precoce, reeducação e terapia psicomotora;
- Acessibilidade e Autonomia Pessoal e Social – Elaboração e implementação de programas de competências cognitivas, programas de competências pessoais e sociais, programas de competências parentais; Criação de propostas de adaptação de contextos;
- Atividade Física Adaptada – Estudo, planificação e desenvolvimento de métodos e estratégias de intervenção pela atividade motora em diferentes contextos, com diferentes finalidades: saúde, condição física, lazer, recreação e competição adaptada às características biopsicossociais das populações envolvidas.
Competências do Psicomotricista
- Avaliação e diagnóstico do perfil e desenvolvimento psicomotor;
- Domínio de modelos e técnicas de habilitação e reabilitação psicomotora em populações especiais ou de risco;
- Prescrição, planeamento, avaliação, implementação e reavaliação de programas de educação, reeducação e terapia psicomotora, de acessibilidade e autonomia pessoal ou de atividade física adaptada;
- Formação, supervisão e orientação de outros técnicos nos âmbitos anteriormente referidos;
- Consultoria e organização de serviços.
A Intervenção Psicomotora
Consiste numa reeducação ou terapia de mediação corporal e expressiva, na qual o Psicomotricista estuda e intervém na expressão motora inadequada ou inadaptada, em diversas situações, geralmente ligadas a problemas de desenvolvimento e de maturação psicomotora, de comportamento, de aprendizagem e de âmbito psico-afetivo.
Objetivos:
Melhorar as competências psicomotoras (como a tonicidade, o equilíbrio estático e dinâmico, a noção do corpo, a lateralidade, a estruturação no espaço e no tempo e a motricidade global e fina) da criança ou do adolescente. A intervenção psicomotora promove ainda:
- a perceção e a consciencialização corporal;
- a expressão dos afetos e emoções;
- a autorregulação do comportamento;
- as competências sociais;
- o reforço da identidade e
- a adaptação aos contextos relacionais de forma segura e confiante.
Técnicas utilizadas na Intervenção
- Relaxação e Consciencialização Corporal;
- Educação Gestual e Postural;
- Expressivas;
- Neuromotoras / Movimento;
- Lúdicas.
A Quem se destina
Na DRE, o Psicomotricista integra as várias equipas de educação especial. A sua intervenção ocorre na sequência de uma solicitação para avaliação efetuada no Serviço Técnico de Educação ou no Centro de Recursos Educativos Especializados (CREE), ou em outro serviço da Direção Regional de Educação onde o técnico exerça funções (ver tabela: Equipa/onde estamos), sendo o processo iniciado habitualmente por uma avaliação diagnóstica do perfil de desenvolvimento psicomotor.
Dos 0 aos 6 anos Intervenção Precoce
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A ação nestas faixas etárias poderá ter uma finalidade preventiva ou pedagógico-terapêutica. |
Crianças e adolescentes com problemas de desenvolvimento e aprendizagem
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A intervenção nestas faixas etárias tem essencialmente uma finalidade reeducativa ou terapêutica, podendo também ser desenvolvidos programas no âmbito da Acessibilidade e Autonomia Pessoal e Social ou de Atividade Física Adaptada. |
Jovens e adultos com necessidades especiais
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Modalidades de Intervenção - A intervenção pode ser direta ou indireta:
- Direta – ocorre habitualmente em sessões semanais ou bissemais, de 45 a 60 minutos (este tempo pode variar de acordo com a avaliação realizada pelo técnico e com respeito pelo ritmo da criança, adolescente, jovem ou adulto);
- Indireta – através do fornecimento de estratégias de intervenção para serem aplicadas pelo docente especializado, pelo docente do ensino regular e/ou pela própria família.
Locais de Intervenção:
- A intervenção de âmbito preventivo ou com finalidade educativa (projetos de promoção do desenvolvimento psicomotor, programas de promoção de competências pessoais e sociais, entre outros) realiza-se preferencialmente na escola;
- A intervenção com uma finalidade reeducativa ou terapêutica poderá realizar-se no CREE, na escola ou em domicílio (crianças que ainda não se encontram em contexto escolar). Por vezes as condições de espaço nas escolas não são as mais adequadas ao desenvolvimento da intervenção, sendo também benéfica, em muitas situações, a separação do espaço terapêutico do espaço da escola.
As razões de escolha de local serão sempre comunicadas à escola e à família, contudo, seja no contexto escolar ou no CREE, deverá sempre ocorrer a partilha de informação entre técnico, equipa da educação especial, escola e família.
Articulação com as equipas
O Psicomotricista colabora com a família e com todos os elementos das equipas de educação especial e do ensino regular, bem como com outros serviços da comunidade, designadamente, os serviços de saúde.
A Equipa / onde estamos
Ana Isabel Leitão |
Divisão de Acessibilidade e Ajudas Técnicas |
Ana Lúcia Freitas |
Serviço Técnico de Formação Profissional |
Andreia Pereira |
Centro de Apoio Psicopedagógico de Câmara de Lobos |
Andreia Sousa |
Centro de Apoio Psicopedagógico de Santa Cruz – Estágio Profissional |
Elisabete Franco |
Centro de Apoio Psicopedagógico de Machico |
Márcia Freitas |
Serviço Técnico de Educação para a Deficiência Intelectual e Motora |
Márcia Martins |
Núcleo Atividade Motora Adaptada; Divisão de Apoio às Deficiências Sensoriais; Centro de Apoio Psicopedagógico do Funchal |
Maurília Cró |
Centro de Apoio Psicopedagógico da Ribeira Brava; Centro de Atividades Ocupacionais da Ribeira Brava |
Mónica Marques |
Centro de Apoio Psicopedagógico do Funchal |
Pedro Pereira |
Centro de Apoio Psicopedagógico de Câmara de Lobos |
Rubina Pereira |
Centro de Apoio Psicopedagógico do Funchal |
Roberto Rodrigues |
Centro de Atividades Ocupacionais da Ponta do sol; Centro de Apoio Psicopedagógico da Calheta |
Sónia Spínola |
Centro de Apoio Psicopedagógico do Funchal; Centro de Apoio Psicopedagógico de Santana; Divisão de Apoio às Deficiências Sensoriais |
Contacto:
Carmo Ferreira
Rua D. João N. 57 - Quinta Olinda
Telefone: 291705860
Telemóvel: 961133120
Email: dar.dre@madeira-edu.pt