Ao longo de uma semana o DN trouxe, às suas páginas o assunto referente ao pagamento das refeições escolares.
Ao fim de uma semana, estamos certos, muitos se surpreenderam. As nossas conclusões:
1)Apesar da dificuldade evidente de alguns contestatários “encaixarem” esse facto, a maioria entendeu - mesmo que não o reconheça - que alimentação não é Educação. Não só porque não deixa de haver Escola se o aluno for almoçar em casa (foi assim durante dezenas de anos), como se não houver Escola, todas as crianças continuam a ter que comer… Por outro lado, a própria Lei de Bases da Educação (socialista quanto baste) confirma que é devida uma comparticipação familiar no acesso a estes apoios educativos. Assim, a Educação é gratuita e continua gratuita. Pelo que… não ficou mais cara.
2)Apesar do que se foi afirmando, não acabaram as refeições gratuitas. Na Madeira, cem mil refeições por mês continuam a ser atribuídas gratuitamente. Todas as famílias do Escalão 1 (as mais desfavorecidas e mais de um terço do total de frequentadores) mantêm esse benefício.
3)Como o escalão do Abono de Família depende dos rendimentos familiares “per capita”, as famílias mais numerosas vêm baixar o respectivo escalão. Simplesmente por serem numerosas. E assim, acedem a refeições mais apoiadas.