Numa altura difícil, em que há que racionalizar investimentos na conclusão do processo de reordenamento da rede escolar e maximizar os investimentos feitos, é preciso realismo quando se aponta para novas soluções (turno único) cuja implementação generalizada exigiria muitos milhões de investimento, sem resultados à altura.
As ETIs, na RAM, iniciaram a sua implementação em 95/96. A precocidade do feito (11 anos antes do resto do País) e a qualidade da oferta às famílias, deve-se, fundamentalmente, à
opção pelo regime cruzado.
Aí, maximizam-se espaços (utilizados de manhã e de tarde) e estabilizam-se os docentes que enquadram as actividades complementares (no resto do País são contratados pelas Câmaras com os efeitos que se conhecem).
As Escolas:
1)São livres de avançar para o processo de mudança da sua forma de funcionamento (para turno único). No entanto, em face da legislação vigente, será uma opção de excepção a autorizar superiormente.
2)Foram orientadas para colocar as turmas de 1º e 2º ano com actividades curriculares de manhã e as de 3º e 4º ano à tarde. A concretização desta medida é um passo importante e inicial, que demonstrará a preocupação efectiva dos Conselhos Escolares na tomada de medidas (difíceis, por vezes) baseadas nos interesses pedagógicos dos alunos.
3)Adoptam o turno único após uma decisão positiva da DRE (assuntos pedagógicos) e de um parecer da DRPRE (sobre os recursos existentes e disponíveis) até o fim de Junho, a fim de reflectir a mudança no processo de colocação dos docentes. Essa decisão decorre de uma análise e avaliação realizada pela Escola, num texto escrito a enviar até 30 de Maio, conforme o
documento respectivo (clicar aqui).
Ao contrário do que se diz, a mudança é possível, mas deve ser feita conscientemente. É inaceitável que se mude sem pensar e, depois, perante os problemas resultantes, se manifeste incredulidade e desconhecimento sobre os mesmos, sendo aí, necessárias dispendiosas medidas para os resolver.