19 abril 2024
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DN de hoje leva a enganos

e não são poucos. Clarificamos aqui. 01-07-2018 SRE / Direção Regional Planeamento Recursos Infraestruturas
DN de hoje leva a enganos

Lido o “trabalho” de hoje do DN-Madeira e porque o mesmo transmite ideias totalmente contrárias às reais, urge clarificar:

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1-Não há qualquer estratégia de fusões. Há apenas uma realidade evidente (a demografia decrescente) que se traduz numa redução significativa dos alunos nas Escolas da Madeira. As fusões são agrupamentos de duas escolas. A opção, no Continente são agrupamentos de DEZENAS de escolas. Ambas as escolhas são medidas necessárias para o ajustamento da oferta da rede escolar face à procura existente a cada momento.

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2-Não há qualquer decisão, nem intenção de encerrar ou terminar com qualquer oferta do Ensino Secundário na RAM. O que se disse foi que a procura resultante do número de nascimentos actuais na RAM (considerando os 60% que não opta pelos cursos Profissionais) tem um número semelhante à capacidade das duas maiores escolas secundárias no Funchal. Ora, quem nasce actualmente chegará ao Secundário dentro de 15/16 anos.

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No Secundário há muitos cursos e disciplinas. Alguns (por exemplo os profissionais) têm que ser garantidos de forma centralizada. E são 40% dos alunos que optam por estes cursos. Os restantes alunos poderão ser mantidos nas escolas actuais, desde que se organizem os professores necessários para os garantir. E como?

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Para que (por exemplo) se possa manter a oferta prevista do Secundário nos concelhos do Norte, nos termos actuais (com oferta em cada concelho) dentro 15 anos (quando teremos alguns alunos no P. Moniz, em Santana ou em S. Vicente, por ano), estas escolas terão que estar integradas num agrupamento maior, que reúna os professores que poderão ter que ir, um dia a uma escola, outro dia a outra, para assegurarem as 2 ou 3 horas de cada disciplina (no Secundário são muitas e podem ser muito específicas) que possam ser necessárias em cada edifício. E falamos dos agrupamentos na Madeira e não na Região pois esta inclui o Porto Santo que tem (e o seu quadro docente próprio o comprova) tratamento à parte, especial. E tudo isto ficará sempre muito aquém do que se faz no Continente onde se fundem e agrupam dezenas de escolas e não apenas duas quando uma delas, pela sua dimensão, está a desaparecer. A fusão (ou agrupamento de duas escolas) aqui, na RAM, faz-se só no limite e para salvar a oferta nesse edifício. E não o contrário.

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3-Sobre tudo o que se refere na peça do DN, e porque não traduz, torna imperceptível e até contraria o que se referiu, relegamos quem se interessa mesmo pela matéria, para a leitura deste e dos dois posts anteriores e é isso que conta e não o que ali se escreveu.

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Gonçalo Nuno Araújo


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